see it ok?
kisses... que eu hoje estou internacional ;)
Não escrevia á uns dias aqui...culpem o fim-de-semana, que para mim foi prolongado...
Hei-de contar-vos sobre a festa das flores, mas hoje, quero dedicar um texto a uma pessoa...
Eu não sei bem se ele é pessoa, assim, humano, sabem?
Não o conheço, nunca o vi, é assim tipo um Fernando Pessoa do IRC... tão a ver o Pessoa na Brasileira? Sentado?
Pronto assim está esta pessoa de que vou falar..
Sentado.
Desconfio que está sentado num grande trono vermelho e dourado à la "Cabaret da Coxa", ou então numa daquelas cadeiras de escritório que rodam e rodam e rodam...
Ora, este Fernando Pessoa do IRC, também é um escritor, escreve que se farta, promissor o tipo..
Há ainda outra parecença com o nosso Poeta, é cheio de heterónimos... Ele é spico, TST e afins...
Para além das semelhanças, temos as diferenças e essas sim, o tornam único e fazem-me abrir-lhe, eventualmente, um query....
A diferença, mais declarada será no português usado.
Usa um português cru, sem aglutinações ou eufemismos, polémico, a roçar o absurdo e o hilariante ou não fosse ele isso tudo.
Um português polémico não haja dúvida.
Se a Edite Estrela o lesse, diria que o acordo ortográfico havia funcionado na perfeição, pois não há acentos nem purismos...
Mas se fosse o meu avô a lê-lo... ui... diria ... "bem-vindo caralho.. inda há homes a falar mal... "
Por tudo isto falei com ele uma e outra vez... conversas curtas.. curtinhas!!!! às vezes é só um /msg nick_do_gajo Diz lá uma alto! E ele lá vai dizendo... CARALHO, FODASSE, enfim.. whatever...
Um Bom samaritano...porque responde sempre. Daqueles que já não se vêem muito.
Não o conheço, não o imito, não sei quem é... é mais um ... um Pessoa! Mas é giro, pela coerência que consegue, nunca o vi não escrever uma asneira em lado nenhum ...às vezes pergunto-me se as dirá tanto como as escreve, mas enfim..não o conheço e não é isso que está em causa...
O que interessa é dizer-vos que ainda há quem não seja politicamente correcto e que tenha quem o siga... assim tipo o João Jardim ou o Fidel versão nortenha de Portugal...
Este Pessoa, inspira-me, as vezes, lembra-me que por ser mulher não preciso de me recatar como a sociedade quer, tipo, não dizer carvalhadas e tal ( até o word nao assume uma caralhada) ele não sabe destas crises existenciais claro, é gajo e como é obvio não lhe interessa nada este palavreado, mas pronto, que hei-de fazer? curto.
E porque curto, resolvi falar dele, agora vejam lá não imitem nem o recambiem para a "revolta dos pasteis de nata" da 2... que ele é o Pessoa!!!
Beijinhos,
.../DiVa
Estou triste, chateada, zangada e abismada...
Inocentemente, penso todos os dias que amanhã será um novo dia.
Todos os dias penso que Portugal Ainda é um bom país para viver, ficar, passar ferias, percorrer.
Todos os dias penso em como fomos, o que tivemos, como dominávamos, como éramos bravos e prósperos...
Todos os dias me engano!
Todos os dias me desiludo!
Portugal anda mal, não é novidade...
As pessoas choram a vida que vivem, penam pela vida que os filhos terão e mesmo assim ficam a lutar...
Mas, para quê?
O ganha-pão é-lhes tirado à força... perdem empregos, perdem dinheiro, perdem vida...
Mas agora estão a perder as próprias casas...
AS CASAS!!!
Não admito!
Os filhos daqui a 50 anos não têm qualidade de vida com o miserável ambiente que temos, nem na amazónia se safam...
E os pais, que trabalham vidas para comprar a bela da casita (a pagar ao banco eternamente) perdem-na absurdamente.
Eles, os entendidos, diriam: "estamos no verão é a época dos fogos" e conformam-se...
Mas isto é assustador!!! Já não há florestas, já não há bosques que se deixaram arder, e agora?
deixa-se arder as casas? Afinal já não há mais nada não é?
Ridículo!
A semana passada estive na Serra da Estrela, enchiam-se jornais a falar do fogo em Seia e eu tinha medo de ir... repito, medo! Medo por não saber o que iria encontrar.
Não ia para aquele lado da serra, mas ia para a Covilhã e imaginava que o fogo lá chegasse.
A mais de 60kms da Covilhã já o fumo era tão denso, e as faúlhas tão grandes que quase se ligavam os limpa vidros...
O cheiro... o cheiro a queimado era sufocante...
O dia de sol que antes de lá chegar eu tinha presenciado, não existia.
Mas o pior a que eu assisti, foi no dia seguinte.
O fogo, como todos previam, chegou ao lado de cá da serra... a algumas aldeias perto da Covilhã e eu estava lá.
Eu ia em passeio... um fim de semana para descansar... e vim… exausta.
Quando vi o fogo a chegar às casas da aldeia, as pessoas a correr, as mulheres a gritar, crianças a chorar, as sirenes dos bombeiros, os carros do INEM a alta velocidade, os estrondos ao pé das casas, o helicóptero a largar água, o avião a ajudar... o clima de terror era latente.
Vi!
Senti!
Senti a solidariedade entre aquelas gentes...
Uns protegiam as casas de outros... fossem ricos ou pobres, mulheres ou homens, Velhos ou jovens, todos corriam para apagar o fogo e tudo servia. Mangueiras e mangueiritas, tractores, arados, enchadas, pés...
E todos choravam pela desgraça comum.
É justo? Vir o calor e vir o fogo?
.......
Beijinhos a quem está a passar por tudo isto